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Clonagem humana pode apresentar problemas

A notícia de que o médico italiano Severino Antinori irá fazer experimentos em novembro para clonar seres humanos causou reações contrárias de grande parte da comunidade científica. A tentativa está sendo vista como mera jogada de marketing. Antinori, dono de uma clínica de fertilidade, é conhecido por amadurecer espermatozóides de homens estéreis em tecidos de rato e de possibilitar a gravidez de uma mulher de 62 anos. Entretanto, diversos países estão tomando precauções para que a clonagem não possa ser realizada em seus territórios.

No dia 31 de julho, a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) dos Estados Unidos votou a favor da proibição da clonagem humana, seja para pesquisas científicas ou fins terapêuticos. Não foi a primeira iniciativa nesse sentido. No início de fevereiro, o então primeiro-ministro do Japão, Yoshiro Mori, declarou ser contra projetos internacionais de clonagem de humanos. Na União Européia, a proibição é lei em sete países. Cientistas também se mostraram contra a prática. Ian Wilmut, responsável pela clonagem da ovelha Dolly, disse que a clonagem causaria problemas como abortos, nascimentos de crianças mortas ou crianças nascidas com problemas muito graves.

Clones com problemas - Um estudo desenvolvido pela Universidade do Havaí revelou que a clonagem de embriões é muito perigosa e causa defeitos que não podem ser verificados imediatamente. Os pesquisadores clonaram ratos e descobriram que as crias tiveram problemas. "Mesmo quando um animal clonado parece normal, pode apresentar um problema que não é aparente", disse Ryuzo Yanagimachi, um dos cientistas.

Yanagimachi e o doutor Hidenori Akutsu colaboraram com Rudolf Jeanisch e outros pesquisadores do Whitehead Institute, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em um estudo que, segundo Akutsu, mostra que é preciso ter muito cuidado com a clonagem. "Ela nunca poderá fazer uma cópia correta. Ela é muito instável, principalmente na fase inicial", afirma.

Os pesquisadores descobriram vários indícios anormais no momento do nascimento dos ratos clonados, como placenta muito desenvolvida, peso elevado e problemas respiratórios. Alguns morreram devido a problemas hematológicos e imunológicos antes de se tornarem adultos. Yanagimachi disse que a técnica de clonagem é muito ineficiente, pois 98% dos embriões não sobrevivem ao procedimento.

Todos os pesquisadores são contundentes em afirmar que, se a clonagem um dia for segura (e ainda não o é nem para os animais), definitivamente não o será para os seres humanos.

Gama, Eduardo / bioeticaweb.com
Interprensa -
www.interprensa.com.br - Edição 50 - ano V - Setembro 2001

 

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