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Discriminação sexual permitida aos ocidentais


Nos EUA é possível escolher o sexo do bebê

Uma prova de que o aborto e o infanticídio seletivo de meninas está muito difundido em alguns países asiáticos onde há preferência por filhos homens é a recente declaração da presidente da Associação de Médicos do Paquistão, dra. Yasmin Rashid, que conclamou seus colegas a não colaborar com tais práticas. A médica, que trabalha em um laboratório de diagnóstico por ultra-som, afirmou que "é uma pena que tantas clínicas de ecografia estejam envolvidas neste negócio sujo. Todo o pessoal do nosso laboratório está obrigado sob juramento a não revelar o sexo do bebê, sejam quais foram as circunstâncias. Todos os dias vêm a nós mulheres de todas as classes sociais querendo abortar porque o exame mostra que o feto é uma menina." Outras vozes também se manifestaram no Ocidente, onde semelhante discriminação sexual é impensável.

Impensável? A fecundação in vitro transformou em normais e aceitáveis práticas que pareciam inconcebíveis. A escolha sexual é uma delas. Até agora, era considerada imoral nos Estados Unidos pela Associação Norte-Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), a organização que define os parâmetros éticos para a fecundação artificial seguidos pela maioria das clínicas especializadas no país.

Em um pronunciamento público realizado no fim de setembro, a entidade mudou de opinião: o diagnóstico pré-implantatório do sexo é eticamente admissível, diz, em determinados casos. Em concreto, vale se o casal quer "variedade de gêneros" em sua prole: temos um menino e agora queremos uma menina, ou vice-versa.

Não faz sentido, mas tampouco é surpreendente. Na fecundação artificial, desde o começo os critérios de moralidade se acomodaram facilmente ao desejo da clientela.

Foi Norbert Gleicher, dono de uma rede de clínicas, quem pediu à ASRM que revisse sua opinião. Alegava que a ASRM já havia aceito a seleção de esperma para conseguir o mesmo efeito. Então, perguntava por que não se poderia aplicar um procedimento ainda mais eficaz. E mais, diz, "seria anti-ético oferecer um método inferior se existe um superior."

Mas, assim como o aborto seletivo, o diagnóstico pré-implantatório do sexo é feito para descartar os exemplares do sexo não-desejado. Portanto, se parece muito mais com a execrável prática asiática que com a seleção de esperma, pois esta separa os espermatozóides portadores do cromos-somo X ou Y.

Nem todos concordam com a reviravolta promovida pela ASRM. William Schoolcraft, de uma clínica de fecundação artificial do Colorado, declarou ao New York Times: "Qual será o próximo passo? Quando entendermos mais de genética, vamos rejeitar as crianças que não possuam inteligência elevada ou o cabelo e os olhos da cor desejada?" É bem provável: não se vê como seria possível evitar esta espiral do desejo se a fecundação artificial continuar em prática. O assombroso é que os que se dedicam a este trabalho não se dêem conta disso.

Aceprensa / Interprensa - www.interprensa.com.br - Edição 53 - ano V - Dezembro 2001

www.interprensa.com.br

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