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Um filho para a eternidade

Isabelle de Mézerac

Como acolher um filho condenado a morrer

O livro "Un enfant pour l'éternité", de Isabelle de Mézerac descreve a aventura emocionante de uma mãe diante do diagnóstico pré-natal de trisomia 18, e que decide continuar com a gravidez e acolher seu filho condenado a morrer a partir de seu nascimento. É muito duro seguir passo a passo esta mãe que quer com toda a sua alma ao filho que leva em seu interior, e que está condenada a chorar a sua morte inexoravelmente anunciada. Estamos destroçados, como ela, seu marido e seus filhos, diante da tormenta de sentimentos contraditórios que enfrentam penosamente durante esta espera. Este caminho conduz a um sentimento assombroso de plenitude apesar do sofrimento. "Plenitude deste amor gratuito completamente entregue. Plenitude deste caminho realizado na verdade. Plenitude desta relação conduzida até o final."

"Ir o mais longe possível na relação com aquele que vai morrer, inclusive por tratar-se de um filho que vai nascer, nos deixa tempo para dar tudo, dizer tudo e nos autoriza a reerguer a vida". Isabelle de Mézerac dá o seguinte testemunho: "aceitar os limites da medicina, sem enganar, olhar nosso sofrimento de frente, sem pretender esquivar-se, enfrentar a morte na sua hora, sem querer antecipá-la, é tudo o que aprendi com Emmanuel, e é por isso que reergo a vida!".

Ela também nos confia a reflexão de um de seus filhos, na noite da morte de seu irmão pequeno: "me olhou intensamente, e através de suas lágrima me garantiu que agora sabia que eu o teria amado, até o final, mesmo se ele tivesse tido uma mal-formação!.

Mal-estar em torno do diagnóstico pré-natal

A leitura deste livro nos causa uma impressão violenta do mal-estar que rodeia a prática e o anúncio do diagnóstico pré-natal. Diante do conhecimento de uma malformação grave de seu bebê antes do nascimento, os pais se encontram completamente vulneráveis, perdem sua liberdade de escolha e se encontram nas mãos dos cuidadores, os quais geralmente lhes propõem o aborto. Isabelle de Mézerac fala de uma engrenagem infernal, de um jogo de bilhar que se converteu em uma loucura, e diz que antes da intervenção de uma amiga geneticista, nem se quer sabia que era medicamente possível prosseguir com a gravidez. No caso de malformação mortal, o aborto é o normal, e a continuação da gravidez é uma alternativa que raramente é proposta pelos médicos.

Cuidados paliativos na maternidade

Com sua experiência e seu reconhecimento aos médicos que a ajudaram, Isabelle de Mézerac completa seu interessantíssimo relato com reflexões de médicos e juristas feitos durante os cuidados paliativos na maternidade, o acompanhamento da gravidez e o luto do filho. Profissionais da área médica recordam que perturbou-lhe a imagem mental do bebê enfermo até destruí-la mediante imagens médicas que só mostravam suas mal-formações, e da importância do papel do médico em reintroduzir no horizonte dos pais uma visão mais global da existência de seu filho.

Paradoxalmente, a ecografia, antecipando a imagem do bebê para sua mãe, permite, muito além de uma possível desvantagem, reintroduzir sua humanidade. Rendamos homenagem com humildade aos profissionais que, através destas linhas de esperança, nos apresentam o respeito à vida como uma nova idéia!

Umas palavras a respeito do prólogo do Pr. Jean-François Mattei para dizer que os mais belos prólogos do mundo não compensarão nunca os efeitos nocivos das leis más. Para ser sincero e fértil, o amor necessita de provas mais do que palavras. Na política, escrever o bem comum na lei é uma exigência absoluta de caridade para os que estão com a responsabilidade de fazê-lo.

Isabelle de Mézerac, Un enfant pour l'éternité, ed. du Rocher, janeiro de 2004
http://www.genethique.org/Es/frames/GetPage.asp?page=carta/carta.htm

 

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