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Vamos ao museu com as crianças!

Eva Moure Regueiro

Às vezes pensamos que levar um filho pequeno a um museu é quase uma loucura, que será uma visita difícil tanto para ele como para nós (sem falar nas outras pessoas que esbarrem conosco nas salas de exposição).

Não precisa ser assim. Em primeiro lugar, se queremos começar a introduzir nosso filho no mundo da arte, não deveremos fazer como se ele fosse um adulto. Uma primeira visita ao museu não consistirá em um exame de toda série de quadros ou de esculturas das salas de exposição.

Trata-se de despertar o interesse da criança, não de incomodá-lo com cem imagens por hora. Deve-se ir passo a passo, apresentando a atividade cultural como um espaço lúdico no qual a imaginação da criança e a vontade de participar tenha grande importância.

Antes da visita ao museu...

A arte possibilita às crianças conhecer um novo universo de cores, formas, emoções e idéias que entram diretamente pelos sentidos. A contemplação de um quadro, por exemplo, pode sugerir múltiplas perguntas e respostas, novas propostas para desenhar, personagens inéditos...

Em casa, podemos começar a preparar a visita ao museu ensinando à criança algumas das telas que irá ver depois na sala de exposições. Desta forma, os desenhos ou outros objetos serão familiares a ela. Tentaremos despertar o interesse comentando aspectos que chamem à atenção da criança: as cores predominantes do quadro, o personagem que se destaca na obra... Não falaremos - nem antes nem durante a visita - sobre estilos, épocas ou séculos. O objetivo é estimular o filho a apreciar, do seu modo, as criações artísticas. Caso o incomodemos com o que não lhe interessa, obteremos o efeito contrário: que tudo relacionado à arte o aborreça.

Portanto, daremos início à visita em casa. Antes de sair, explicaremos a nosso filho aonde iremos e o que veremos lá. Também daremos algumas normas de comportamento que deverá seguir no recinto.

Deixaremos muito claro que em nenhuma hipótese poderá tocar as obras que serão visitadas e explicaremos o motivo. Assim mesmo, recordaremos a ele que não pode correr porque com esta conduta poderia incomodar os outros visitantes. Fique certo de que a criança compreende que se trata de se “portar bem”, não de ficar imóvel e sem falar, pois dessa forma, dificilmente seria um lugar atrativo. Diga a ele que é um lugar repleto de coisas interessantes para ver e comentar, já que a sua opinião será muito importante.

É conveniente que o pai se informe do que irá encontrar nas salas de exposição para fazer alguns “preparativos”: perguntas, idéias, comentários... Esta informação irá ajudá-lo a selecionar alguns quadros que gostaria de mostrar ao filho.

Bem-vindo ao museu

Estamos à porta do museu. Previamente, escolhemos algumas telas com algum critério que leve em conta a idade e os gostos do nosso filho. Se, por exemplo, adora animais, selecionaremos alguns quadros que tenham essa temática.

Começaremos percorrendo o nosso itinerário até chegar ao primeiro quadro que nos interessa. Se pelo caminho a criança se sente atraída por algum quadro não previsto no nosso “programa”, deixemos que ele o explore e que comente o que quiser. Devemos estar preparados para improvisar. É bom preparar a visita, mas não programá-la a ponto de não deixar margem a modificações. Há, inclusive, quem prefira ir com uma vaga idéia do itinerário e deixar que seja a criança quem conduza a visita, de acordo com o interesse pelas obras. Desta forma, a criança será o protagonista deste espaço de lazer que, de fato, está pensado para ele.

Uma vez que estamos diante do quadro, é bom propor exercícios que fomentem a participação da criança. Perguntas como: “ao que se parece essa forma?”, ou, “qual a cor desse quadro” são interessantes. Comente ou formule perguntas que dêem a ela a oportunidade de se fixar em detalhes da obra, nas formas e nos personagens. A linguagem deve ser simples e acessível à criança, que deve se sentir livre para comentar tudo aquilo que pensa.

O que gostam e não gostam

Está comprovado que as crianças preferem certos estilos a outros. Em geral, podemos dizer que aqueles que são pintados com cores alegres e formas grandes são os seus favoritos e, ao contrário, os de aspecto escuro e tenebroso são os que menos gostam.

Ao chegar em casa...

Passamos cerca de uma hora – 45 minutos é o máximo recomendado - no museu, mas podemos aproveitar um pouco mais a visita. Ao chegar em casa, podemos propor ao filho uma atividade relacionada com o que viu.

Por exemplo, que faça um desenho inspirado em alguma das obras ou que invente uma história com algum dos personagens retratados. De acordo com a idade da criança, o ajudaremos a realizar essas atividades. Provavelmente, o filho deixa-nos surpresos com interpretações peculiares dos quadros. No fim das contas, cada um entende a arte à sua maneira e a criança, sem conhecimentos e preconceitos prévios, irá expressar com total espontaneidade tudo o que as imagens lhe sugeriram. E assim deve ser.

Dica de visita do Portal da Família

DEGAS, O UNIVERSO DE UM ARTISTA
De 17 de maio a 20 de agosto de 2006

Local

MASP - Av. Paulista, 1578 - São Paulo-SP - tel: (11) 3251.5644

Horário

Terça a domingo 11h00 às 18h00 - bilheteria fecha com uma hora de antecedência

Dia Gratuito

Todas as terças-feiras entrada gratuita



 


 
Eva Moure Regueiro, do site solohijos.com
 

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