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A Bússola de Ouro : Ateísmo para Crianças através do cinema e de livros infantis

K. A. de Rezende

O filme Golden Compass, em português, A Bússola de Ouro parece, à primeira vista, ser nada mais do que um inocente filme de fantasia infantil. Na realidade, trata-se de um filme que tem a finalidade de promover o ateísmo e denegrir o Cristianismo. Contundente como esta afirmação possa parecer, fundamentá-la-emos a seguir, para que o leitor não nos pense paranóicos.

Phillip Pullman é o autor da trilogia His Dark Materials: The Golden Compass, The Subtle Knife , e The Amber Spyglass – em português: Fronteiras do Universo: Bússola de Ouro, Faca Sutil, Luneta Âmbar. Pullman é conhecido como um veemente e articulado ateísta. Em entrevistas declarou (em 2003) que “meus livros versam sobre matar a Deus” e, em outra instância (em 2001) “estou tentando minar as bases da crença cristã.” Pullman, que quer o ateísmo ensinado em escolas, criou, em conjunto com Michael Rosen, um DVD para crianças de 11 anos intitulado “Por que o Ateísmo?” Nesse vídeo, alunos falam de seu ateísmo e as razões pelas quais abandonaram sua religião.

Os livros de Pullman envolvem mundos místicos, animais falantes e bruxas mágicas, como tantos outros livros infantis. Entretanto, o tema subliminar deles não é uma mera fantasia. Nos três livros de ficção da trilogia His Dark Materials – em português: Fronteiras do Universo – em lugar de um Deus verdadeiro há um Anjo, chamado Autoridade, que faz o papel de Deus. A Igreja, que segue o mando da Autoridade, reprime o prazer físico e subverte a vontade e a sabedoria das pessoas. Lyra, a protagonista, é uma segunda Eva, através de cuja queda a humanidade se torna conhecedora das restrições impostas pela Autoridade e pela Igreja e livre delas; e assim, Pullman reverte todo o relato Bíblico.

William Donohue, presidente da Liga Católica dos Estados Unidos, condenou a obra de Pullman como sendo um esforço pernicioso para endoutrinar crianças, seduzi-las a abraçar o ateísmo e rejeitar o Cristianismo. Donohue é autor de uma brochura de 23 páginas Golden Compass: Unmasked http://www.catholicleague.org/images/upload/image_200710053349.pdf (“bússola de ouro desmascarada”, ainda não traduzida para o português) cuja leitura recomendamos. Nesta brochura, além de se fazer uma análise crítica do filme e de sua produção, coletam-se trechos dos livros da trilogia demonstrando ser verdadeira a crítica de Cynthia Grenier: “No mundo de Pullman, o próprio Deus (a Autoridade) é um tirano ..., sua Igreja é um instrumento de opressão, e o verdadeiro heroísmo consiste em derrubar ambos. Isto sim é ‘matéria escura’ e está sendo vendida para crianças. ... [em] livros que estão recheados de assassinatos, torturas, mortes violentas e sexo.”

O colunista britânico Peter Hitchens em 2002 rotulou Pullman como “o mais perigoso autor britânico” e o descreveu como “o escritor por quem os ateístas têm rezado, se os ateísitas rezassem”. Outros críticos afirmam que Pullman é contrário a qualquer forma de religião organizada e é abertamente anti-Deus. Isto é claro em seus livros pois todos os personagens “bons” são contra a Igreja.

Concluo com o alerta de Donohue: “Vivemos em tempos quando secularistas radicais não se deixarão refrear por nada a fim de propagar as suas idéias. Uma coisa é ser indiferente a religião, mas é outra bem diferente promover uma crusada anti-religião. É exatamente isto que o novo ateísmo pretende – um ataque dogmático à religião, especialmente ao Cristianismo, em nome da tolerância. O que faz Phillip Pullman diferente de outros ateístas militantes, é um proselitismo de crianças.

Apesar do filme prometer tomar cuidado com o assunto de religião, o fato permanece que pais desavisados podem ser levados a comprar os livros pensando serem inócuos. Eles são tudo menos isso. Nosso interesse é alertar o público sobre as intenções de Pullman, e temos a certeza de que quanto mais informados estiverem os pais, mais rejeitarão sua mensagem.

Resta pouca dúvida que se o filme fosse baseado numa trilogia para crianças que fosse indiscutivelmente racista, anti-semita, anti-islâmica ou anti-gay, haveria uma brutal reação de organizações de direitos civis que representam essas comunidades. E não importaria que o filme fosse ‘mais suave’ em comparação aos livros. O que importaria seria o fato das crianças estarem sendo expostas de uma maneira subterfúgia a um conteúdo intrinsicamente mau.”

Portanto, como pais conscientes de nossa missão como educadores não envenenemos as mentes de nossos filhos com o conteúdo deste filme nem dos livros de Pullman. Desta forma, também contribuimos para a sociedade em que vivemos, pois teremos rejeitado a mensagem daqueles que insistem em propagar a cultura da morte que escraviza e arranca a alegria e a esperança da vida do ser humano.

Como nos conclama Donohue: “O tempo chegou de traçarmos uma linha ... se este filme não for ao encontro das expectativas de seus produtores, isto levará inexoravelmente ao colapso de interesse pelos livros de Pullman. E, por qualquer medida, isto seria um importante marco na luta de culturas”.

poster do filme A Bússola de Ouro: ateísmo


 

K. A. de Rezende é professora e mãe

Publicado no Portal da Família em 28/01/2008

 

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