Portal da Família
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Como ensinar os filhos a tomar decisões
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Teresa Artola González |
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Ser responsável não é o mesmo que obedecer “ao pé da letra”. Ser responsável significa escolher. E decidir por si mesmo. Por isso, para ensinar as crianças a ser responsáveis há que dar-lhes as máximas oportunidades para tomar decisões. APRENDER A DECIDIR BEM Podemos ajudar nossos filhos aprender a decidir dando-lhe muitas oportunidade para tomar decisões a curto, médio ou longo prazo. Deveremos, na medida do possível, evitar decidir por eles ou intervir excessivamente em suas decisões. A medida que vão crescendo, os pais devemos ser capazes de “ir soltando os nós” dando-lhes maior autonomia e capacidade de decisão. Desde que são pequenos devemos habituar-lhes a decidir em assuntos que não tenham repercussões graves: por exemplo, a que queira jogar, que roupa quer colocar, que história quer que lhe leiam ... Por exemplo, se seu filho de 11 anos lhe pede permissão para ir esquiar com o colega durante uma semana das férias, em lugar de responder-lhe diretamente que não, pode pedir-lhes que lhe ajude a tomar a decisão. Para isso convém que, primeiro, pense em outras alternativas a realizar, como por exemplo: - Passear alguns dias das férias com a família. - Ir visitar o avô, que está doente. - Ficar-se em casa e, colocar-se em dia com os estudos ... A seguir convém ensinar-lhe a valorizar os aspectos positivos e negativos de cada alternativa. Por exemplo, para ir esquiar: - Positivos: convivência com os companheiros, fazer esporte ... - Negativos: alto custo econômico, não tem equipe, o avô sentirá sua falta, atraso em seus estudos ... Finalmente deverá tomar a decisão, enquanto é pequeno, com sua ajuda. Um vez tomada a decisão, deveremos acostumar-lhe a mantê-la e a “arcar com as consequências”. Se, por exemplo, seu filho decide matricular-se este ano no basquete em lugar do futebol, uma vez tomada a decisão deve exigir-lhe que a mantenha, ao menos durante um tempo razoável. Os pais devemos permitir a nossos filhos que se enganem às vezes em suas decisões. Se a criança sofre as consequência negativas de uma decisão certamente será mais rigoroso nas seguinte decisões que adota. A hora de educar nosso filho para que aprenda a tomar as decisões deveremos ter em conta que cada filho é diferente, tendo em conta suas característica pessoais e sua maneira de ser: EM EDUCAÇÃO NÃO HÁ RECEITAS, É possível que seu filho seja muito IMPULSIVO: Isto é, dos que primeiro atuam e depois pensam. O resultado é que frequentemente se engana e suas decisões. Se este é seu caso pode ajudar-lhe: - Habituando-o a dar razões antes de atuar: por que deve fazê-lo assim? - Incentivando-lhe a procurar outras alternativas ou possibilidades antes de decidir. - Ensinando-lhe a valorizar objetivamente os aspectos positivos e negativos de cada tarefa. É possível que o caso de seu filho seja o contrário: que seja INDECISO: isto é, pensa e repensa, encontra um mas para tudo, nada lhe convém, espera que os outros decidam por ele. Frequentemente, quando enfim se decide, já é tarde. Deve ter em conta que uma conduta indecisa repetida indica que a criança não está desenvolvendo seu sentido da responsabilidade. Além disso, existe uma relação evidente entre a capacidade para tomar decisões e a auto-estima: as crianças com baixa auto-estima não são capazes de enfrentar os riscos que implicam uma decisão. Portanto, se seu filho se mostra com frequência indeciso deverá preocupar-se por aumentar sua auto-estima. Se este é seu caso pode ajudar-lhe: - Concedendo-lhe um tempo limitado para tomar um decisão: “terá que dar-me a resposta amanhã” - Expondo-lhe a muitas situações nas quais tem que decidir. - Elogiando-lhe quando o faz, para que aumente sua confiança. Outra possibilidade diferente é que seu filho se caracteriza por ser RÍGIDO em suas decisões: sempre faz as coisas da mesma maneira, não procura soluções novas e a custo de reconhecer seus erros. Se este for o caso, poderia ajudar-lhe: - Sugerindo outras alternativas possíveis: “Este anos, em lugar de comemorar seu aniversário com uma festa em casa, podemos fazer uma excursão, ir ao cinema”. - Ajudando-lhe a descobrir os nossos fatores que podem alterar a decisão: “Agora é maior, não há espaço na nova casa”. - Ensinar-lhe que todos nós podemos enganar na vida e que retificar é de sábios. O que podemos fazer os pais? Os procedimentos para ajudar aos filhos a ser responsáveis se apoiam em quatro pontos: a) O CORRETO EXERCÍCIO DA AUTORIDADE à hora de estabelecer algumas normas e limites: os pais devemos ser capazes de exercer a autoridade de forma coerente estabelecendo alguns limites e algumas normas de comportamento. Desta forma, se seu filho conhece os limites, é capaz de tomar decisões e prever as consequência das mesmas. Seu filho deve saber pois, claramente, o que espera dele assim como as consequências que acarreta o incumprimento de suas responsabilidades. Se, por exemplo, Paula e Inácio em ocasiões castigam a João e em outra passam por alto sua conduta quando não arruma suas coisas, a falta de coerência de sua conduta está prejudicando o desenvolvimento da responsabilidade. Tenha em conta um castigo leve mas que se aplica sempre por não cumprir uma norma é mais eficaz a longo do prazo que uma atitude incoerente e um castigo severo. b) O Amor e carinho entre pais e filhos e A CONFIANÇA MÚTUA. Devemos demonstrar a nossos filhos, ainda que às vezes nos levemos a algum desengano, que confiamos neles. Que sabemos que são capazes de cumprir e esperamos o melhor deles. A CONFIANÇA NOS FILHOS Seu filho deve sentir que ele “é capaz”. Ensinar as crianças a ser responsáveis incrementar sua sensação de poder e seu sentimento de auto-estima. c) O DESENVOLVIMENTO MORAL e o progressivo conhecimento do bem e do mau. Ao redor dos 7 anos se produz o nascimento da consciência moral. A esta idade se tornam capazes de suspeitar e analisar os motivos e as consequência de suas ações, de descobrir o que é bom e o que é mau. Devemos, pois, aproveitar esta etapa para formar sua consciência em um ambiente de disciplina, carinho e exigência. Desta forma estaremos favorecendo o desenvolvimento da responsabilidade. d) O EXEMPLO E O PRESTÍGIO DOS PAIS. As crianças copiam continuamente as atitudes de seus pais. Assim, por exemplo, se papai deixa sua roupa jogada quando de desvestem, será difícil inculcar em seu filho a responsabilidade de recolher seus objetos pessoais. O EXEMPLO DOS PAIS Os pais que são irresponsáveis e não lutam por corrigir-se não podem ensinar seu filho a ser responsáveis. Se quando chegam tarde do trabalho joga a culpa no trânsito; se esquece das promessas que fizeram a seus filhos; se sempre ilude a tomar decisões e procura que os demais decidam por você, se diz uma coisa e faz outra ... está atuando como modelo para seu filho. Se educa dando bom exemplo ou esforçando-nos por corrigir nossos defeitos de forma que nossos filhos vejam que lutamos por melhorar. Se atua de forma incoerente, seu filho será o primeiro em dar-se conta. De fato, não está fomentando a responsabilidade de seu filho quando: - Se lembra das coisas que ele ”se esquece”. - Faz seus encargos ou tarefas porque “é mais simples“ - Subestima a capacidade de seu filho e pensa que é menor do que realmente é. - Qualifica seu filho de “irresponsável”. - Superprotege a seus filhos e decide sempre por eles. - Quando se enganam e você soluciona todas as dificuldades. - Neste sentido há três tipos e pais aos quais lhes resulta especialmente difícil o responsabilizar a seus filhos: Os pais que pretendem compensar a dureza do outro cônjuge protegendo a seus filhos. Estes frequentemente encobrem a seu filhos e carregam sobre si próprio a tarefa que não lhes correspondem para evitar problemas. Por exemplo, a mãe que, quando os filhos trazem as más notas para casa, ou trazem uma parte com queixas do colégio, o oculta do pai para que não haja bronca. Ou o pai que, para evitar o mau humor de mamãe, quando chega cansada do trabalho em casa, recolhe as coisas que as criança deixam jogadas. Estes pais devem lembrar que, se bem a excessiva dureza é ruim para a educação dos filhos, todavia é pior a excessiva brandura e que a falta de coerência dos pais entre si prejudica seriamente a educação de seu filho. PAI E MÃE Outro problema o constituem os pais excessivamente perfeccionistas que não suportam que as coisas não estão certas que eles querem. Se, por exemplo, quando seu filho de 6 anos faz a cama e você fica atrás arrumando o que fez mal, ou se não deixa a ninguém ajudar na cozinha por medo a que sujem, ou se parece que a forma em que ordena seu marido a roupa da turma não é adequada ... depois não se queixe de que ninguém lhe ajuda. SEMPRE É MELHOR UMA COISA Finalmente, têm especial dificuldade para educar na responsabilidade aquele pai que superprotegem a seus filhos. Aqueles aos quais lhes parece que o filho nunca é suficientemente adulto, que lhe ajudam constantemente, lhe vigiam, lhe dizem o que deve colocar-se ... ainda que ele seja capaz de fazê-lo perfeitamente por si próprio. Tenha em conta que nossos filhos nos observam continuamente. Para que seu filho pense que se responsável vale a pena é importante que: - Que seu filho saiba claramente o que se espera dele. - Saiba esclarecer algumas normas e limites claros. - Seja coerente na aplicação dos castigos estabelecidos: perdoe ao filho, mas faça com que o sempre seja cumprido. - Recompense seu filho por seu bom comportamento. - Cumpra com o que disse. Como atuar em situações cotidianas? A – NO CUIDADO DAS COISAS: A ordem em suas coisas é um dos aspectos que desde muito cedo devemos inculcar-lhes: - Ordem em seus jogos: devem recolher sozinhos depois de usá-los. - Ordem em suas roupas: que não devem deixar jogada e que devem cuidar de não romper. - Ordem em seus livros e material escolar: que devem ter sempre em ordem quando o necessitam. - Ordem no tempo: que respeitem a hora de ir à cama, de estudar, horário das refeições ... Tenha em conta que o próprio sensitivo da ordem tem lugar entre 1 e 3 anos. Deve, portanto, começar logo para depois não lamentar-se. DEVE ENSINAR-LHE Para isso é importante que disponha das lembranças necessárias: caixotes e caixas onde possa guardar as coisas em ordem, estojo onde guarda o material ... Deve entender claramente que o cuidado de suas coisa é responsabilidade sua. Se perde ou estraga, sem motivo, suas coisas dever responde por isso. Se quando isto ocorre você é a encarregada de procurá-la ou de respondê-la estará fazendo um trabalho fraco. Por exemplo, na situação familiar descrita a princípio do capítulo vemos como a mãe de João adota comportamentos que estão impedindo o desenvolvimento da responsabilidade em seu filho: Como, por exemplo, quando lhe busca no colégio e se dedica a vasculhar até encontrar tudo o que João perdeu nesse dia. Se João perde sua lancheira, o mais adequado seria que no dia seguinte acordasse meia hora antes para ir até o colégio buscá-la. Se não a encontrar ele deverá falar com seu professor para explicar-lhe a situação e nesse dia comer na cantina pagando, se possível, com suas economias. Se, finalmente a lancheira não aparece, deverá economizar o dinheiro necessário para comprar outra. Se seu filho perde o material escolar e “sobrevive” graças a que outras crianças lhes empreste lápis e canetas, pode chegar com ele a um acordo: como, por exemplo, revisar seu estojo todos as sextas-feiras. Uma vez revisado irá com ele à livraria e deverá comprar com seu dinheiro aquilo que falta. Se quando Paula for buscar João no colégio não estiver pronto, não será uma má medida que caminhe e lhe “ir à pé” e que ele se vire sozinho ou que algum professor lhe leve para casa. Se seu filho deixa todas suas coisas jogadas pela casa, pode chegar a um acordo com ele: As coisas que não estiverem em seu lugar serão requisitadas e deverá pagar uma multa, fixada previamente, para recuperá-las. Algumas destas medidas podem parecer-lhe drásticas mas é a única forma de atuar quando seu filho se acostumou a atuar sem responsabilidade. Há crianças que nunca se lembram das coisas que têm que fazer. Não que se neguem a fazê-las, mas para isso é necessário lembrar-lhes centenas de vezes. Isso sim, pode ficar tranquila que seu filho não tem nenhum problema de memória. Quando algo é importante para ele (uma partida de futebol, uma festa ...), não se esquece nunca. Se esta descrição se encaixa em seu filho, você pode utilizar alguns truques para ajudar–lhe a lembrar: - Escreva suas tarefas e coloque em um lugar visível, como por exemplo, no mural de seu quarto ou na geladeira da cozinha. Desta forma não terá a desculpa de que não sabia ou não se lembra de qual era sua obrigação. - Assegure-se de que seu filho lhe escutou quando lhe pede algo. Faça com que deixe o que está fazendo e lhe olhe na cara. Pode pedir-lhe que repita o que lhe pediu. - Não lhe repita nem, lhe lembre as coisas. Se o faz, a criança aprenderá que é você o responsável de lembrar-lhe das coisas. Assim se seu filho se esquece de tirar o lixo e você lhe lembra várias vezes que deve fazê-lo, ele aprende que nunca mais deverá preocupar-se por isso porque seus pais pensaram por ele. - Estabeleça costumes e rotinas o mais regulares possíveis: Se seu filho, ao chegar do colégio, todos os dias deve fazer o mesmo, como guardar seu material, pendurar sua blusa, almoçar ... é mais fácil que se lembre. - Não tenha medo a castigar-lhe por seus esquecimentos (sempre e quando a criança souber com antecipação, e estiver avisada, das consequências de um possível esquecimento). - Dê bom exemplo e procure não esquecer das promessas que lhe faz. Pode utilizar também algum truque para lembrar-se (amarrar uma linha no pulso, mudar o anel de dedo ...) C – A CRIANÇA QUE “ESCAPA” Há crianças peritas em escapulir-se de suas obrigações. Estas crianças são especialistas em jogar a culpa nos demais de sua falta de responsabilidade. Por exemplo, quando os pais se acostumam a lembrar a criança do que deve fazer, a criança assume que ela já não é responsável de lembrar-se. Se lhe acusa de não cumprir com suas obrigações, joga a culpa nos pais: “é que não me lembrei ...”. Outras crianças são muito astutas e saboreiam os esforços de seus pais por educar-lhe adquirindo a fama de incompetentes ou irresponsáveis. Assim, por exemplo, uma criança pode fazer mal repetidamente uma tarefa para que seus pais cheguem à conclusão de que é melhor não pedi-lo. Também alguns maridos são peritos nesta tática. Outras crianças fazem as coisa tão devagar que os pais, finalmente, preferem fazer eles mesmos. Outros deixam tudo pela metade ou se queixam de não ser capazes. Se conseguem convencer disso a seus pais acabarão por fazê-las por ele. Algumas sempre têm desculpas: dor de barriga, não se encontram bem, têm que fazer outras coisas mais importantes; nestes casos, se conseguem com esta estratégia sair-se com uma das suas, tenderão a repeti-la. Desesperante também resultam aquelas criança que se limitam a cumprir ao pé da letra o que lhes pede. Se lhe pede que recolha seus jogos do chão os coloque em cima da cama ou, se lhe pede que recolha os pratos, se limita a amontoá-los. A outras lhes encanta sentir-se vítimas: “pede tudo para mim” ”não me deixa fazer nada do que gosto”. ATUE COM FIRMEZA Todas estas são simplesmente estratégias que as crianças utilizam para tentar escapar de suas responsabilidades. Muitas aprenderam conosco. Ante elas não resta outra saída senão a firmeza dos pais. Estes devem deixar claro à criança quais são suas obrigações e por que deve cumpri-las e não permitir que seus truques lhe sirvam para escapar-se. Se o consegue terá aprendido que suas táticas são uma boa maneira de sair-se com uma das suas. D – QUANDO É UM PRÓDIGO: Algumas crianças se mostram especialmente irresponsáveis no que diz respeito ao uso do dinheiro. O deixam jogado pela casa, ou o gastam caprichosamente em bobagens, ou estão pedindo continuamente. NOSSOS FILHOS DEVEM APRENDER Muitos pais se perguntam: a que idade a criança deve manejar o dinheiro? É bom ou ruim dar-lhe uma mesada? Como já dissemos, a única forma de que seu filho se torne responsável é dando-lhe responsabilidades. Portanto, se quer que seja responsável com o dinheiro, terá que dispor de uma quantia para administrá-lo. A princípio, para uma criança de 4 ou 5 anos não devemos dar-lhe mesada, mas é conveniente que disponha de um lugar (uma lata, um cofrinho) onde possa colocar o dinheiro. Terá que ser responsável com o dinheiro, terá que dispor de algo para administrá-lo. Aos 7 anos pode ser uma boa idade para começar a dar-lhe uma pequena mesada com a intenção de que economize e vá juntando dinheiro para conseguir algum objetivo como um patins ou uma bola e também para poder reparar, com seu dinheiro as coisas que perde de seu material escolar, seu uniforme: desta forma começará a conhecer o valor das coisas e começará a administrar o dinheiro. A quantia deve fixar-se tendo em conta sua opinião e atendendo a suas necessidade reais. É conveniente que inclua uma quantia para gastos fixos: como ônibus e outros gastos variáveis. Como regra geral, a quantia que pode entregar a seu filho deve ser menor e não esqueça que se trata de algo necessário para ele. Portanto, não há de utilizá-la como prêmio nem como castigo. Unicamente deverá cortá-la se a administração for ruim. Convém que lhe ajude também a princípio a administrá-la bem. Para isso é importante que conheça o valor das coisas. Pode pedir-lhe que lhe acompanhe às compras para que vá adquirindo o sentido de quanto custam as coisas. Também convém fomentar nele o espírito de economia: Pode animar-lhe a economizar, para essa bola de futebol que tanto deseja, ou para comprar essas tiaras para o cabelo que tanto gosta. A partir dos 12 anos devemos acostumar nossos filhos a que ganhem algum dinheiro trabalhando. Não convém gratificar economicamente aquelas atividade que são seu dever habitual: estudar, fazer seus encargos, mas pode recompensar-lhe por alguns trabalhos extra: arrumar o quarto de despejo, limpar o carro, vestir-se de palhaço na festa de seu irmão. Não deve esquecer, em que sua educação referente ao uso do dinheiro, o ensinar-lhe a DAR. Convém que lhe faça consciente das necessidades dos demais e que reconheça seu dever de ajudar-lhe na medida do possível. UM PLANO DE AÇÃO PARA JOÃO Vamos mostrar um exemplo de um caso prático sobre como os pais podem estabelecer um plano de ação para atuar sobre o que comentamos anteriormente. 1 – SITUAÇÃO: São muitos os campos nos quais teria que atuar para conseguir que João se responsabilizasse: em ordenar suas coisas, em suas tarefas escolares, em seus encargos familiares ... Haverá que ir pouco a pouco. Neste Plano de Ação vamos centrar neste último ponto: as responsabilidades no lar. 2 – OBJETIVOS: - GERAL: Responsabilidade. - ESPECÍFICO: Responsabilidade em seus encargo em casa. 3 – MEIOS: Inácio e Paula (os pais) terão uma conversa com João. Entre os três pensarão em dois encargos dos quais João pode responsabilizar-se este mês. Lhe deixarão claro que é sua responsabilidade e que apenas se lembrarão uma vez. Fixarão um horário determinado para cumprir o encargo. 4 - MOTIVAÇÃO: - Na conversa com João terão estabelecido a importância de que todos colaborem no andamento da família. Mamã e Papai necessitam de ajuda e contam com ele. - Para ajudar-lhe colocarão em seu quarto uma folha com seu nome e os dois encargos que lhe corresponde junto com a hora máxima em que deve realizá-los. - Quando conseguir 25 pontos, papai lhe levará com ele a uma partida de futebol (que é sua aficção favorita). – DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS: - João escolheu dois encargos: - Tirar o lixo (ao chegar do colégio antes das 8:30 hrs). - Arrumar as camas (antes de jantar às 20:30 hrs). - Os dois primeiros dias não houve que lembrá-los. Seus pais lhe cumprimentou efusivamente e lhe deram seus pontos. No terceiro dia se esqueceu, apesar de um aviso, e ficou sem ponto. A princípio tentou arrumar desculpas mas seus pais se mostraram inflexíveis. Nos dias seguintes o fez muito bem, ainda que às vezes requer um aviso. Já está com 19 pontos e a coisa parece que anda bem. |
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Fonte: Livro “Como resolver situações cotidianas de seus filhos de 6 a 12 anos” TERESA ARTOLA GONZÁLEZ é doutora em Psicologia pela Universidade Complutense de Madri e Master em Educação Familiar pelo E.I.E.S (Educational Institute of Educational Sciences). Desenvolve um amplo trabalho de pesquisa e docente no campo da Psicologia Infantil e é professora da Escola Universitária Europea da Educação de Fomento de centros de Ensino. É autora de diversas publicações em sua maior parte dedicadas aos problemas de aprendizagem, sua avaliação e tratamento. |
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Publicado no Portal da Família em 09/07/2012 |
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