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Auto-avaliação das virtudes humanas

ORDEM

Descrição operativa (como funciona)

Quem tem essa virtude se comporta de acordo com algumas normas lógicas, necessárias para o êxito de algum objetivo desejado e previsto, na organização das coisas, na distribuição do tempo e na realização das atividades, com iniciativa própria e sem que seja necessário recordá-lo.

A EDUCAÇÃO DA ORDEM

1. Conheço as diferentes aptidões de meus filhos/alunos com respeito à ordem.

(Cada menino/a tem uma tendência diferente com respeito à ordem, e se trata não apenas de conhecer suas limitações, mas também suas tendências naturais para determinados tipos de ordem. Por exemplo, na organização de seus bens).

2. Tento dar um bom exemplo, lutando para superar-me em aspectos de ordem ou compensando uma tendência a buscar uma ordem excessiva que prejudica a convivência.

(É o exemplo de luta de superação o que mais influi sobre os meninos/as. O exemplo 'perfeito' pode ser resultado de um excesso e pode promover faltas de compreensão para com a situação real dos jovens).

3. Ensino a meus filhos/alunos a distribuir suas atividades no tempo, de tal maneira que cada coisa receba a atenção adequada.

(Em todos os aspectos da ordem existem duas ações especiais por parte dos educadores: a exigência no fazer - especialmente para as crianças pequenas - e a exigência no pensar para os maiores).

4. Exijo aos pequenos para que desenvolvam uma série de hábitos de ordem com relação às coisas.

(É conveniente desenvolver hábitos rotineiros com relação às coisas. Em troca há que evitar a rotina com relação às pessoas).

5. Ajudo aos filhos/alunos a dar-se conta de que determinadas atividades requerem um tempo específico para sua realização.

(Por exemplo, não convém começar a ordenar um armário dez minutos antes de comer ou começar um trabalho cinco minutos antes de sair do colégio).

6. Ensino aos meninos/as a recordar e a realizar determinados atos em momentos concretos.

(Muitas vezes isto requer o uso de uma agenda. Os educadores têm a tendência de substituir aos meninos/as nestes temas, recordando-lhes horários com o dentista, aniversário de familiares ou datas em que têm que entregar trabalhos. É conveniente que os meninos/as vão responsabilizando-se por seus próprios deveres).

7. Com os filhos/alunos pequenos, organizo 'seqüências de atos' com o fim de facilitar-lhes o cumprimento de ações que se repetem com freqüência.

(Todos os dias os filhos/alunos terão que repetir as mesmas ações ao levantar-se, ao chegar ao colégio, ao comer, ao entrar em classe ou ao deitar-se. Convém determinar quais são os conjuntos de ações necessárias em cada momento, com o fim de exigi-Ias como 'seqüências').

8. Estabeleço os lugares onde devem guardar-se os diferentes objetos de uso comum e exijo aos filhos/alunos que guardem as coisas no momento oportuno.

(Os critérios que se usam para estabelecer o lugar adequado serão: para que não se estraguem e para que seja fácil encontrá-los).

9. Convido a meus filhos/alunos a participar em atividades próprias que requerem ordem, com o fim de que vão descobrindo o sentido da ordem correspondente.

(Por exemplo, que vejam como seus pais fazem a mala para viagem ou a bolsa para ir ao clube, ou como o professor ordena os livros na estante).

10. Ensino aos filhos/alunos a utilizar seus instrumentos de trabalho e outros bens segundo sua função, com o fim de aproveitá-los ao máximo.

(Tampouco se trata de ser rígido, já que determinados objetos podem ser utilizados sem perigo para os meninos/as, e sem que seja previsível algum dano para o objeto, ainda que não seja a função prevista para o mesmo. Por exemplo, se poderia autorizar o uso de livros para fazer caminhos no chão do quarto ou uma mesa para fazer uma cabana com uma toalha encima).

A MANEIRA PESSOAL DE VIVER A ORDEM

11. Tenho clara uma hierarquia de valores para a própria vida e para a educação de cada filho/aluno.

(Esta hierarquia se refere a, por exemplo, que a pessoa casada deve preocupar-se em primeiro lugar por seu cônjuge, a seguir por seus filhos e depois pelos demais. Significa dar a importância apropriada ao trabalho profissional, à família, aos amigos e às próprias aflições).

12. Atuo habitualmente de acordo com algumas normas lógicas, de tal maneira que se nota a congruência entre minha maneira de pensar e minha maneira de fazer.

(Uma atuação imprevisível que obedece ao estímulo do momento, ou a puras reações frente ao que acontece sem pensar nem decidir, produz perplexidade nos demais e não beneficia a ninguém).

13. Penso no sentido da ordem que estou estabelecendo em cada momento. Sei o que almejo com isso.

(Trata-se de poder justificar o que se faz, de ser consciente dos objetivos que se perseguem).

14 - Procuro ser ordenado com o fim de assegurar a convivência adequada entre os membros do grupo e com o fim de que minhas ações sejam eficazes.

(Um excesso de ordem leva à pessoa a ser ordenada sem pensar em sua necessidade. Produz maníacos da ordem, pessoas que preferem a ordem à alegria na família, por exemplo).

15. Habitualmente sei onde encontrar meus objetos pessoais, guardo-os em lugares adequados, e os devolvo a seu lugar depois de usá-los.

(Este tipo de atuação é necessário para a eficácia pessoal e também para que os demais possam fazer uso da propriedade comum).

16. Distribuo meu tempo adequadamente, de tal maneira que o mais importante recebe a atenção adequada.

(É muito fácil desperdiçar o tempo, dedicando muito a ver a TV, por exemplo, e não o suficiente a comunicar-se com o cônjuge ou a atender aos amigos).

17. Habitualmente cumpro meus deveres com pontualidade, por exemplo ao participar de uma reunião, para conversar com uma pessoa, ao chegar em casa, ao entregar um trabalho ou a atender a um chamado.

(A pontualidade tem uma dinâmica curiosa visto que muitas pessoas "se justificam" com grande facilidade por suas faltas. Entendem que a impontualidade é parte da vida, que simplesmente há que aceitá-la. Entretanto, a pontualidade é necessária para a eficácia e para o respeito pelos demais. Isto é, a impontualidade não apenas é uma falta contra a eficácia mas, em algumas ocasiões, também contra a justiça).

18. Utilizo os diferentes bens materiais - computadores, vídeos, eletrodomésticos, aparelhos diversos - segundo critérios objetivos de bom uso.

(A ordem requer "ler as instruções" e assim evitar o perigo ou que se estrague o aparelho. Requer aprender a aproveitar suas possibilidades).

19. Aproveito diferentes procedimentos para não me esquecer de ser ordenado em suas diferentes manifestações.

(Algumas pessoas têm boa memória e se recordam de devolver as coisas a seu lugar, cumprimentam pelo aniversário de outro, entregam um trabalho no momento previsto ou usam um aparelho conforme as instruções. Em troca, outros necessitam fazer um esforço para usar uma agenda, fazer listas de ações que têm que realizar, fazer um esforço consciente de memorizar determinadas coisas etc.).

20. Reflito sobre minha atuação habitual, com o fim de autoconhecer-me nas diferentes facetas da ordem.

(Freqüentemente existem âmbitos em que a pessoa é ordenada e, em troca, em outros não. Por exemplo, um professor pode ser muito ordenado em sua maneira de pensar, mas ter sua roupa totalmente desordenada).

 Como proceder à auto-avaliação


No texto encontram-se uma série de afirmações para reflexão, divididas em duas partes:

1) o grau em que se está vivendo a virtude pessoalmente .

2) o grau em que se está educando aos alunos ou aos filhos na mesma virtude.

Com respeito a cada afirmação, situe a conduta e o esforço próprio de acordo com a escala:

5. Estou totalmente de acordo com a afirmação. Reflete minha situação pessoal.
4. A afirmação reflete minha situação em grande parte mas com alguma reserva.
3. A afirmação reflete minha situação em parte: Penso "em parte sim e em parte não".
2. A afirmação realmente não reflete minha situação ainda que seja possível que haja algo.
1. Não creio que a afirmação reflete minha situação pessoal em nada. Não me identifico com ela.

Podem-se comentar as reflexões próprias com o cônjuge ou com algum companheiro e assim chegar a estabelecer possíveis aspectos prioritários de atenção no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito à educação dos filhos ou dos alunos. É provável que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas trata-se de selecionar nada mais que uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora desejada.

As reflexões apresentadas não esgotam o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação.

 

Extraído do livro "Auto-avaliação das virtudes humanas", de David Isaacs.


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