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No Dia Nacional do Idoso, o Instituto da Visão da UNIFESP anuncia
a criação do primeiro centro de oftalmo geriatria do país

O novo centro contribuirá para minimizar problemas como a demanda expressiva gerada pelo aumento de expectativa de vida da população brasileira e a maior necessidade da visão na vida moderna, em relação à comunicação visual, mobilidade e independência dos idosos.



No Dia Nacional do Idoso,  o
Instituto da Visão da UNIFESP, de São Paulo, anuncia a criação do primeiro Centro de Oftalmo Geriatria do País, equipado com tecnologia de ponta, para atender idosos portadores de doenças oculares graves, com maior agilidade e conforto.  O novo Centro, que tem o apoio do Ministério da Saúde e das secretarias municipal e estadual da Saúde,  prestará atendimento diagnóstico, clínico e cirúrgico a pessoas com mais de 65 anos.

O dia 27 de setembro foi instituído como Dia Nacional do Idoso em 1999, pela Comissão de Educação do Senado, com o objetivo de reconhecer os direitos e dificuldades dos idosos brasileiros, como a escassez de recursos financeiros, falta de assistência e lazer, além do difícil acesso aos planos de saúde.

O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial, em razão dos avanços da medicina e da melhoria da qualidade de vida das pessoas. Em vinte anos, o Brasil, que já foi considerado um país de jovens, será o sexto país com o maior número de idosos no mundo. Mas, além de viver mais, as pessoas precisam de qualidade de vida. Apesar de todos os progressos da ciência, o envelhecimento é acompanhado de processos degenerativos que exigem atenção e cuidados especiais.

Envelhecimento x problemas visuais

Estudos recentes demonstram que os idosos necessitam de assistência oftalmológica constante, já que o aumento da expectativa de vida da população brasileira está diretamente ligado ao aumento do índice de idosos portadores de doenças da visão relacionadas ao envelhecimento, como a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade ( DMRI) e a retinopatia diabética. A conseqüência é o estrangulamento do Sistema Único de Saúde causado pelo aumento excessivo de demanda.

As estimativas mais atualizadas da OMS indicam 161 milhões de deficientes visuais no mundo, sendo 37 milhões cegos e um aumento anual entre 1 e 2 milhões; isto significa aproximadamente 0,85% da população mundial. Outros 135 milhões apresentam deficiência visual. A prevalência de cegueira aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos.  A proporção de pessoas com 60 anos ou mais cresce rapidamente, coincidindo com a massiva urbanização e o rápido declínio nas taxas de mortalidade e fecundidade.

 

Estima-se que, no ano de 2025,o Brasil deverá apresentar a sexta maior concentração de idosos no mundo ( acima de 32 milhões: quase 13% da população brasileira).  Estudos populacionais têm demonstrado que, devido a problemas de acuidade visual, 85% das pessoas acima de 65 anos ou mais não conseguem ler jornal; 87% não conseguem reconhecer a face das pessoas; 50% têm dificuldade de se locomover  e 66% destas não conseguem realizar tarefas simples, como digitar um telefone, colocar uma chave na fechadura ou conectar um fio na tomada elétrica. Portanto, além de limitados, ficam vulneráveis a diversos tipos de acidente, como quedas e atropelamentos.

 

O Brasil deveria estar realizando um numero pelo menos 20% maior do que as cirurgias de catarata atualmente realizadas. O acúmulo progressivo destes pacientes causa sensível queda da qualidade visual e de vida da população, especialmente a mais carente.

 

Em São Paulo, recentes trabalhos do Instituto da Visão da UNIFESP, demonstram que a falta de óculos,  de cirurgias de catarata em número suficiente, ao lado das doenças de retina e do glaucoma, são as maiores causas de cegueira e baixa visual.  Daí conclui-se que iniciativas como a distribuição gratuita de óculos populares ou a realização de ações permanentes de atendimento para catarata e retinopatia diabética são fundamentais para combater as causas reversíveis de cegueira em adultos mais velhos.

O Instituto da Visão da UNIFESP tem um interesse muito grande em relação aos problemas visuais dos idosos e as conseqüências sociais que eles acarretam. Seu Programa de Geriatria, que inclui o Projeto 100 anos, cresce a cada dia, devido à excelência de qualidade.

 

Além do atendimento em suas unidades, desenvolve anualmente campanhas comunitárias pontuais, extensivas ao Hospital de Ermelino Matarazzo, como mutirões para detecção e tratamento de Catarata, Diabetes, Glaucoma e Uveíte, em ações que geram milhares de atendimentos.

 

Tudo isso contribuiu para tornar o Departamento de Oftalmologia, sem dúvida, o grande Centro Nacional de excelência no tratamento das alterações oculares.



 


 

Instituto da Visão – UNIFESP - www.institutodavisao.org.br

Publicado no Portal da Família em 02/10/2006

 

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