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Amor e Romantismo

Pe. Paulo M. Ramalho

Olá a todos!

Eis a ideia para vocês refletirem: “amor e romantismo”.

Muitas pessoas com frequência me dizem: “Meu marido, minha esposa, não é romântico(a). Eu sinto falta disso”.

O que podemos dizer sobre isso? A esposa deve esperar que seu marido seja romântica e vice-versa ou tem de aceitar que não o seja?

Eu diria que deve esperar, sim, pois Cristo nos chama à perfeição — “Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito” (Mateus 5, 48) — e ser romântico é uma qualidade do amor que não deve faltar quando se busca o amor perfeito.

Para ser romântico, há três grandes dificuldades: o temperamento, a educação e a rotina.

a) o temperamento

Há pessoas que, por temperamento, são mais românticas do que outras. É algo natural, não precisa de esforço. Há, porém, temperamentos mais secos e mais frios. Mas isso não significa que não possam ser românticos. Todos nós podemos crescer e nos desenvolver. É questão de luta, de empenho. O empenho para agradar a quem amamos. Uma pessoa fria por temperamento nunca será como aquela que é afetuosa por temperamento, mas pode crescer cada vez mais.

b) a educação

Muitas pessoas foram educadas num clima de exigência e severidade, sem um pai ou uma mãe afetuosos, e isso faz com que naturalmente fiquem mais bloqueadas para manifestar os seus afetos e sentimentos. No entanto, também essas pessoas podem se esforçar para se tornar mais afetuosas. Mesmo que cresçam milimetricamente, cada vitória é uma grande alegria.

c) a rotina

A rotina é um grande inimigo do romantismo. Tudo nesta vida tende a cair na rotina, inclusive o amor entre os esposos. Se o casal não cuidar, poderá ficar imerso apenas em problemas e dificuldades da vida, em conduzir uma família e deixar de lado todo o romantismo.

Uma dica que um santo costumava dar aos casais é que tivessem ao menos um dia da semana para estar a sós. Um dia para jantarem a sós, para assistirem a um filme. Conseguir isso é absolutamente fundamental.

Mas não basta isso. É preciso que o marido ou a esposa se empenhem para ser românticos ao longo do casamento como eram quando namorados. No namoro é muito mais fácil, pois há aí dois sentimentos muito fortes envolvidos: o da conquista e o da paixão. Quando estamos embriagados pela paixão, pelo sentimento de conquista, somos capazes de tudo. E, ver o sorriso na pessoa amada, nos derrete. O romantismo vem naturalmente.

Porém, com o tempo, esses sentimentos vão esfriando. Não tem problema, pois nós podemos fomentá-los, apesar de dificilmente serem como antes. E, se os fomentarmos e formos românticos, o outro cônjuge será empurrado também a ser romântico. E aí haverá uma troca muito gostosa, em que um animará o outro neste sentido.

Parar no romantismo é parar no amor. Que os casais façam o propósito de serem mais românticos e verão como não só farão feliz o cônjuge como também a si mesmos. Como em tudo, podemos pedir a Deus que nos ajude a crescer. Ele ficará muito feliz, pois é o que Ele mais deseja.

Uma santa semana a todos!

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Pe. Paulo M. Ramalho é Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.

Site: http://www.fecomvirtudes.com.br

(cfr. http://www.fecomvirtudes.com.br/amor-e-romantismo/)

Publicado no Portal da Família em 03/09/2016

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