Portal da Família
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Mãe-canguru: amor que salva |
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Rebeca Batista da Silva * |
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É mais comum do que imaginamos a frequência do nascimento precoce em todo o mundo. Anualmente nascem vinte milhões de crianças com menos de dois quilos e meio; um terço delas morre antes de completar um ano de vida. Como alternativa e forma de agregar o melhor cuidado para o RNBP (Recém-nascido de baixo peso), foi proposto o uso do método mãe-canguru, iniciado na Colômbia e atualmente adotado em vários países do mundo. O objetivo deste método era solucionar a pouca disponibilidade de equipamentos, que muitas vezes obrigava a equipe de saúde a colocar mais de um recém-nascido na mesma incubadora, o que aumentava a taxa de mortalidade por infecções cruzadas. O método exige preparo de equipe multidisciplinar, protocolos adaptados às condições locais, preparo da mãe (ou outra pessoa que irá colocar em prática a posição canguru), acomodações confortáveis para a mãe e estrutura para o seguimento ambulatorial, onde haverá acompanhamento após a alta hospitalar. Estudos comprovam que esse método possui várias vantagens como:
Não se contesta o benefício trazido no reforço do vínculo da mãe e família com o bebê nesse método, aproximando cada vez mais, sentindo o toque, o calor e tendo participação ativa na recuperação do recém-nascido. Na utilização do mãe-canguru, o bebê é colocado só de fralda em contato com o seio materno ou de outro familiar (pai, avô, avó), reproduzindo a bolsa que os cangurus utilizam para terminar a formação dos seus filhotes. Essa posição faz a mãe se sentir mais responsável ainda pelo filho, pois depende totalmente dela e está protegido ali. Dessa maneira, o apego e consciência de sua importância no desenvolvimento do bebê aumentam e fazem com que a mãe tenha mais segurança para realizar todos os cuidados que seu filho precisa. O recém-nascido, principalmente quando nasce antes do previsto, necessita muito do contato e do calor da mãe para se desenvolver saudável. Foi comprovado que o método mãe-canguru, no maior tempo possível, fortalece esse contato, reduz tempo de choro, sensações dolorosas, melhora o sono, e faz com que o bebê se sinta emocionalmente tranquilo para terminar seu crescimento. A mãe, por sua vez, se sente útil nos cuidados ao filho, fazendo-se parte integrante desse desenvolvimento e cada vez mais querendo dar afeto e carinho ao seu bebê.Rebeca Batista da Silva é enfermeira intensivista (Coren-SP 171720), graduada em enfermagem pela Universidade de Pernambuco-UPE e pós-graduada (Especialista) em UTI neonatal e pediátrica. e-mail: becabatista@yahoo.com.br Publicado no Portal da Família em 16/12/2012
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