As promessas de cura de doenças com células-tronco embrionárias não tem nada de científicas

Cedo ou tarde, o Congresso norte-americano deve votar onde investir o dinheiro do imposto para as pesquisas com células embrionárias que envolvem a destruição de embriões humanos. Durante a campanha para promover tais federais subsídios, a propaganda política distanciou-se muito do que a ciência nos diz. Esta série irá ajudar os membros do Congresso a distinguir a mera política da ciência.

Argumento Político

“As pessoas estão morrendo devido a doenças e condições médicas que poderiam ser curadas por meio da pesquisa com células-embrionárias. Para estas pessoas, cada mês é importante. Cada dia de atraso da votação no Senado tem conseqüências de vida ou morte.”

Senador Tom Harkin, em Roll Call , 23 de Setembro de 2005

Argumentos científicos

1- “No ano passado, boa parte do eleitorado da Califórnia acreditou na idéia de que as células-tronco embrionárias poderiam se transformar em curas fantásticas para doenças incuráveis. Hoje, é cada vez mais claro que o transplante de células-tronco para a diabetes, Parkinson ou Alzheimer não está nem um pouco próximo, talvez a décadas de distância.”

Escritor de ciência Carl T. Hall - “Stem Cell leaders to talk strategy at conference,” The San Francisco Chronicle, 30 de setembro de 2005 página B4.

2- “Um dos problemas é que devemos convencer o público que devemos fazer o nosso trabalho; nós fomos longe demais ao prometer que poderíamos conseguir... Não estou totalmente convencido de que as células-tronco embrionárias irão, durante a minha vida, e possivelmente durante a vida de qualquer um, abarcar completamente as promessas com as quais sonhamos.”

Professor Lord Winston, britânico especialista em células-tronco – Conferência no Gresham College, 20 de junho de 2005. www.gresham.ac.ukprinttranscript.asp?EventId=347

3- “Pesquisas mostram que pode demorar décadas para que as células-tronco embrionárias cure alguma doença”.

Helen Fields, “Reigniting the Stem Cell Debate,” U.S. News and World Report, 06 de junho de 2005, www.usnews.com/usnews/news articles/050606/6politics.b1.htm

4- “É preciso que os futuros doadores de “óvulos” reconheçam a longa distância que separa a pesquisa da cura... Os pesquisadores devem fazer esforços para comunicar a esses voluntários que é bastante improvável que as contribuições irão beneficiar a eles os aos que lhe são caros. Além disso, é praticamente certo que os benefícios clínicos das pesquisas estão há anos ou talvez a décadas de distância. Esta é uma mensagem que as famílias desesperadas e pacientes não gostariam de ouvir”

David Magnus e Mildred K. Cho, da Universidade de Stanford. “Issues in Oocyte Donation for Stem Cell Research,” Science, 17 Junho de 2005, página 1748

Artigo publicado em stemcellresearch.org (sem indicação de autoria).

Tradução: Eduardo Gama (emfoconoticias.blogspot.com).