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EM FOCO, A EDUCAÇÃO

Norma Emiliano

"A árvore se inclina no sentido em que se enverga o broto". Alexander Pope

 Ao nascer a criança já traz uma complexa rede de influência daqueles que a geraram. Contudo, a sua formação também está relacionada as suas interações ao longo da vida.

A maioria dos pais quer o melhor para os seus filhos. Tenta fazer o máximo dentro das suas possibilidades. Os pais, normalmente, são capazes de agirem de maneira sensata e de serem compreensivos, desde que as suas emoções não estejam em jogo. Entretanto, os filhos, em muitas situações, trazem à tona sentimentos mal resolvidos dos próprios pais. Além disto, há as diferenças pessoais, que muitas vezes dividem os pais ao passarem valores e comportamentos, levando aos filhos a ambigüidade.

No cotidiano, deparo-me com uma cena na qual pai e filho, uma criança de 6 anos, cada um em suas bicicletas, pedalava no meio fio. Na calçada, a mãe injuriada, esbravejava e perguntava para o homem, se ele já tinha observado crianças andando de bicicleta pelas ruas. Desta cena, pode-se extrair as diferenças entre aqueles pais que passam incertezas com suas atitudes para o filho. Assim, tudo que os pais fazem, as razões e como fazem provocam impacto consciente ou inconsciente nos filhos, Porém, a conduta de quem educa é baseada em seus valores, costumes e crenças.

As formas dos pais criarem os filhos influenciam o seu desenvolvimento e sobre o tipo de pessoa que se transformará. A educação é um processo contínuo que dura a vida toda, todavia há dois períodos importantes na vida das pessoas: a infância e a juventude. Na infância fundamentam- se a aceitação de si mesmo e o auto respeito, bem como o respeito pelo outro; na juventude, começo de uma vida adulta social e individualmente responsável, consolidam- se essa aceitação e o respeito pelo outro a partir da aceitação e do respeito por si mesmo.

No processo educativo, o autoconhecimento é importante, uma vez que as motivações inconscientes são complexas e estão por trás dos nossos atos. A coerência entre o que se fala e o que se faz é fundamental, bem como o fato de os pais não se desautorizarem por divergências na forma de pensar.

Hoje há muitas dúvidas do que é certo ou errado. As mudanças nos valores, os divórcios, a influência da mídia, o excesso de informações, a violência, a corrupção e a escassez do tempo dedicado aos filhos provocam inseguranças nos pais.

Assim sendo, é importante que os pais construam um laço suficientemente forte "... que coração a coração e mente a mente no corpo e na alma pode atar" (Walter Scott), e tenham a atitude de pertencer a grupos em que haja troca de experiências, sentimentos e informação em relação aos papéis, bem como em relação à realidade sócio-política, favorecendo, assim, um bom ponto de equilíbrio e promovendo a integração do papel de pais ao de cidadão.



 


 

Norma Emiliano é Terapeuta de Família e Assistente Social, e mantém a homepage Pensando em Família.
( http://www.pensandoemfamilia.com.br)

Publicado no Portal da Família em 02/10/2006

 

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