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Educando adolescentes: deixe o medo de lado

Vidal Sánchez Vargas e Miguel Ángel Esparza *

Se os pais encaram com medo a entrada dos filhos na adolescência, acabarão transmitindo a eles a idéia de que esta fase da vida é cheia de problemas. A adolescência deve ser encarada com muito otimismo, pois se é verdade que neste período há crise, por este mesmo motivo há crescimento.  

Educar um adolescente hoje em dia não é fácil. Nunca é fácil educar, mas a adolescência é um período, por definição, de crises, e por isso se reveste de características especiais que os pais nem sempre se sentem capazes de analisar com a suficiente objetividade.
        
O termo “adolescência” é vago. Está claro que o começo da adolescência é relativo para cada criança, e se refere ao momento do desenvolvimento ao que se chama “puberdade”.

O adolescente é, a partir da puberdade, fisiológica e intelectualmente um adulto, mas socialmente é, todavia, uma criança, e dependerá dos pais que o deslocamento entre sua maturidade biológica e sua maturidade mental não convertam esse período em uma espécie de inferno familiar.
        
Se os pais vivemos com medo da adolescência, transmitiremos a nosso filho a idéia de “problemas”. Não devemos perder de vista que:

A adolescência é o passo necessário para que o menino se converta em um ser livre, autônomo e responsável.

É imprescindível que os pais conheçam realmente bem seus filhos e, além disso, saibam distinguir o que é simplesmente ocasional do que neles é habitual ou relativamente permanente. De outra maneira correríamos o risco de preocupar-nos em excesso por temas que não são fundamentais. Nossas energias e nossa paciência devem ser reservadas para o que é importante.
        
Conhecer nossos filhos é requisito fundamental para prestar-lhes as ajudas necessárias nos momentos oportunos.

O primeiro requisito para educar é conhecer e distinguir o característico de cada filho do simplesmente ocasional

Insisto, os pais devemos prover somente as ajudas realmente necessárias, porque tendemos a ir mais além do necessário e isto, na adolescência, pode criar graves problemas de comunicação ao ser visto por parte do filho como uma intromissão em sua intimidade.

E os momentos oportunos? 

Nossa complexa forma de organização social dificulta encontrar esses momentos. O que fazer quando:

- O horário de trabalho do pai é excessivamente extenso?
- O horário não é tão extenso, mas sim extraordinariamente intenso? (Esses pais sentados na cadeira, com o jornal nas mãos esperando o jantar...)
- Além disso, os meninos nas últimas horas do dia estão nervosos e um pouco insuportáveis...

... Quantas outras “dificuldades” não poderíamos continuar anotando?

O que os pais não podem esquecer é que em um edifício, como na educação, não se pode colocar um ladrilho no ar. Sempre se apoiará sobre outros ladrilhos. Mas se a base sobre a qual queremos levantar outra parede está inclinada, mal desenhada ou feita com elementos sem qualidade é muito provável que a parede, e com ela todo o edifício, não resista muito de pé.
        
E a realidade é que, com muita freqüência, nos encontramos com “adultos” que não superaram a fase da adolescência, que não souberam sair dessa crise contínua que a caracteriza. Expressado de outra maneira, não aprenderam a ser eles próprios os que continuam colocando os “ladrilhos” em sua vida.
        
A educação deve ser direcionada a promover a autonomia, e na adolescência esta consideração deve adquirir sentido especial e pleno.

Às vezes, os pais se debatem entre o medo de serem muito autoritários ou excessivamente permissivos para evitar atritos.

Mas temos de ter consciência que a adolescência é o momento chave para a prevenção de problemas com as drogas, consumismo, hedonismo etc.  O correto e legítimo exercício da autoridade por parte dos pais se mostra agora como um tema capital.

Autoridade, compreensão, paciência e exigência coerente são as chaves da educação do adolescente

A adolescência é, e deve ser, um período sumamente gratificante para todos os membros da família. Apenas é necessário um pouco de paciência e de otimismo, e saber compartilhar com os filhos as alegrias e os problemas.



jovens

 


 

Adaptação do Prólogo do livro “Seu filho de 13 a 14 anos”, de Vidal Sánchez Vargas e Miguel Ángel Esparza

Publicado no Portal da Família em 19/03/2007

 

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