Portal da Família
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Dilma e o aborto |
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Carlos Alberto Di Franco |
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Setembro. Reta final das eleições. A ameaça de segundo turno fez a campanha da candidata oficial reforçar a mobilização nos Estados e acionar o presidente Lula como vacina “contra uma onda de boatos que circulou entre católicos e evangélicos.” Os supostos “boatos”, que fizeram Lula gravar uma inserção de emergência em defesa de sua candidata, não eram boatos. Eram fatos evidentes: a postura pró-aborto de Dilma Rousseff. Mas nós jornalistas, num primeiro momento, ficamos reféns do jornalismo declaratório e reproduzimos, acriticamente, o que interessava ao marketing da campanha de Dilma Rousseff. São fatos comprováveis. Só fatos. Você, amigo leitor, ainda acha que estamos diante de boatos?
A legalização do aborto, independentemente da dissimulação de Dilma Rossefff, é prioridade do PT. Os eleitores, no primeiro turno, disseram não à tentativa de camuflar a opção abortista do PT. O brasileiro está cansado de falsidade e de jogo duplo. A opinião pública reagiu aos que pretendem impor contra a vontade expressa da sociedade, e em nome da “democracia”, a eliminação do primeiro direito humano fundamental: o direito à vida. A legalização do aborto, estou certo, é o primeiro elo da imensa cadeia da cultura da morte. Após a implantação do aborto descendente (a eliminação do feto), virão inúmeras manifestações do aborto ascendente (supressão da vida do doente) –a eutanásia já está sendo incorporada ao sistema legal de alguns países-, do idoso e, quem sabe, de todos os que constituem as classes passivas e indesejadas da sociedade. Acrescente-se ao drama do aborto, claro e indiscutível, os imensos danos psicológicos e afetivos que provocam nas mulheres. Surpreendeu-me, em uma viagem à Europa, constatar que algumas vozes em defesa da vida nascem nos redutos feministas. O rasgão afetivo apresenta uma pesada fatura e muita gente começa a questionar seus próprios caminhos. Não obstante a força do marketing emocional que apoia as campanhas pró-aborto, é preocupante o veneno antidemocrático que está no fundo dos slogans abortistas. Não se compreende de que modo obteremos uma sociedade mais justa e digna para seres humanos (os adultos) por meio da morte de outros (as crianças não nascidas). O brasileiro é contra o aborto. Não se trata apenas de uma opinião, mas de um fato medido em inúmeras pesquisa de opinião. Por isso, Dilma foi para o segundo turno. A legalização do aborto seria, hoje e agora, uma ação nitidamente antidemocrática. E isso, queiram ou não os petistas, está na agenda da próxima eleição. |
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Fonte: Opinião
em Foco - 18/10/2010 Carlos Alberto Di Franco, diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciência Sociais – IICS (www.iics.edu.br) e doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, é diretor da Di Franco – Consultoria em Estratégia de Mídia (www.consultoradifranco.com). E-mail: difranco@iics.org.br |
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Publicado no Portal da Família em 26/10/2010 |
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