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Capacidade de Diálogo

Pe. Paulo M. Ramalho

Olá a todos!

Eis a ideia para vocês refletirem: “capacidade de diálogo”.

Nenhum casamento irá para a frente se o casal não tiver uma excelente capacidade de diálogo.

Do ponto de vista humano só há uma forma do casal conseguir sintonia: através do diálogo. É através dele que os cônjuges falam a mesma língua, acertam as diferenças, equilibram as expectativas, entendem os respectivos comportamentos, alinham os objetivos etc.

Diria que a capacidade de diálogo é 90% da estabilidade de um casamento.

Neste sentido, como anda a minha capacidade de diálogo? Eu diria que uma pessoa tem capacidade de diálogo quando:

a) tem abertura

Há pessoas que são muito fechadas por natureza. Em geral, os homens são mais fechados do que as mulheres.

Sou uma pessoa aberta ou fechada? Se somos fechados, temos que lutar para sermos mais abertos. Quem não fala acaba sendo vítima do efeito “panela de pressão”: as coisas vão se acumulando e uma hora explode. E quando ocorre esta explosão os efeitos são imprevisíveis.

b) sabe ouvir até o final

É preciso deixar que quem está falando, fale até o final. Interromper a fala é fazer um diagnóstico precipitado, é não respeitar, é dar o veredito antes da hora etc. A verdade tem muitos matizes e nuances. Só ouvindo até o final vamos capitar todos estes matizes.

c) expõe a opinião pessoal de modo sereno


A capacidade de diálogo se perde quando tentamos convencer na base da força: falando mais alto, gritando, impondo etc.

Para um ser humano maduro, a verdade não se impõe, mas se expõe. E às vezes é preciso expô-la várias vezes e de diferentes modos, até que o outro cônjuge entenda o que estamos falando. Mas isto deve ser feito sempre de modo sereno, sem cair nunca em discussão. A discussão é a falência do diálogo.

d) tem abertura de ideias e opiniões

Uma pessoa com capacidade para o diálogo é uma pessoa que tem grande abertura para mudar de ideia, de opinião, de comportamento, para ceder etc.

Todos nós temos que ser muito maleáveis. Muitas vezes o outro cônjuge terá toda razão e teremos que ceder. Outras vezes proporá algo que é opinável, mas também teremos que ter a capacidade de ceder. Só não poderemos ceder quando propuser algo que vai contra os dez mandamentos: mentir, faltar a caridade, não cumprir uma obrigação com Deus etc.

Qual é a minha capacidade de mudar de opinião, de comportamento? Quanto maior é o orgulho, maior é a incapacidade de ouvir, de mudar, de dialogar. Sejamos humildes! Saibamos que muitas vezes não temos razão, que muitas vezes devemos ceder com elegância.

Para dialogar também não esqueçamos que quem ama não se preocupa tanto com sua opinião, mas com fazer feliz o outro cônjuge!

Façamos o propósito de aumentar a nossa capacidade de diálogo!!! Com esta capacidade podem ter certeza que seremos muito mais felizes e aumentaremos algo essencial na nossa vida: a capacidade de amar! Vale a pena!

casal sentado de costas

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Pe. Paulo M. Ramalho é Sacerdote ordenado em 1993. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce; Capelão do IICS (Instituto Internacional de Ciências Sociais).

Site: http://www.fecomvirtudes.com.br

(cfr. http://www.fecomvirtudes.com.br/uma-manifestacao-do-amor-interessar-se-pelos-outros/)

Publicado no Portal da Família em 28/06/2016

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