Portal da Família
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Conselhos para a viuvez quando se é avós |
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Oliveros F. Otero - José Altarejos |
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Queríamos refletir brevemente sobre esta situação dolorosa que afeta quase cinquenta por cento dos cônjuges. Dizíamos quase, tendo em conta os casos de acidentes nos quais morrem os dois por sua vez. Pode acontecer de a morte separar os cônjuges em diversos momentos da vida, por exemplo, quando se é recém-casados, ou já com os filhos muito pequenos, ou ainda quando já são avós. Como reagirá um avô ou avó diante da viuvez? Bem, isso dependerá muito do que se saiba ou do que ignora sobre a morte da pessoa humana. O cônjuge – assim como qualquer outro ser humano - não tem como evitar a questão da morte, posto que não se pode evadir-se de morrer, em muitos casos (digamos a metade), deve-se ver morrer a seu cônjuge. Temos de aceitar a morte. Mas há diferenças entre a aceitação fatalista, de quem observa que tudo o que é vivo morre, e a aceitação de quem vive sua filiação divina. Não é o mesmo para quem não espera nada e crê que a morte é um adeus definitivo e para aqueles que sabem que a morte é apenas um tempo de ausência. Um poeta argentino, expressou isso nos três últimos versos de um soneto:
Todavia, mesmo que descoberto o sentido da morte, a separação é muito dolorosa. Em alguns casos, parece impossível a continuar vivendo, mas ... tudo tem conserto. Muitas vezes, isso supõe renunciar a projetos, acariciados desde tempos atrás, de viajar juntos ou de desfrutar de um tempo para eles sozinhos, tempo que antes não tinham. Às vezes, temos de acrescentar nisso tudo a dor pelo tipo de morte que ocorreu. As situações de viuvez são muito variadas. Dependem da idade, da profissão, do modo de exercê-la, dos meios econômicos e das lembranças que o viúvo encontra em seu interior (recursos da natureza e da graça). Por isso, é difícil dizer algo que se aplica em todos os casos. Mas, para o viúvo ou viúva, continua sendo importante o cuidado com as próprias áreas de autonomia. Não se deve deixar absorver-se pelas lembranças, nem as recusar totalmente. Em certas ocasiões, as lembranças devem ajudar a apresentar a vida do falecido para aqueles familiares que o conheceram menos. Definitivamente, trata-se de continuar trilhando o caminho, esse caminho que até então era percorrido em companhia do cônjuge. E a solidão que porventura se possa sentir é muito relativa. Em primeiro lugar, porque o passado está claro e fala no coração. Em segundo lugar, porque o amor há de ser suprido em serviços aos próprios filhos e, em geral, aos outros membros da família extensa. E ao servi-los, se vive na companhia do remetente e dos destinatários. Ficam para o avô ou avó viúvos algumas responsabilidades que antes eram compartilhadas, e este terá de se esforçar para fazer aquilo que era tarefa dos dois. Por um lado, muitos dos seus problemas pessoais passarão a ficar em segundo plano. Por outro, você notará mais facilmente a precariedade de seu protagonismo. E isto lhe impulsará a buscar as ajudas necessárias possíveis. Buscará na lembrança não a nostalgia do passado, mas a luz e a força para prosseguir em seu caminho. E, sem medo de cair na melancolia, não recusará continuar empreendimentos que antes compartilhou com seu cônjuge, na melhora da família e da sociedade; nem recusará voltar a encontrar-se com os amigos. Uma questão fundamental: a amizade. Se todo ser humano necessita do cultivo da amizade para continuar crescendo, como pessoa, o viúvo ou a viúva também a necessita. Devem evitar o isolamento. Talvez não sirvam muito estas indicações gerais, dada a diversidade de situações da viuvez. Cada caso deve ser estudado em particular, detectando problemas e procurando possíveis soluções. Em todo caso, deve-se abordar essa situação concreta de viuvez como uma nova etapa do caminho para a maturidade pessoal:
E por sua vez, deve-se:
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Fonte: Adaptação do livro “Os Avós Jovens”, de Oliveros F. Otero e José Altarejos Publicado no Portal da Família em 03/09/2016 |
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