Resenha:
Georges Chevrot não necessita de apresentação ao leitor
de língua portuguesa, acostumado a sucessivas edições de seus livros:
Simão Pedro, o Sermão da montanha, etc. Nesta obra, o orador dos sermões
quaresmais de Notre-Dame de Paris dá-nos a conhecer as palestras que
proferiu na Rádio Luxemburgo, dirigidas às famílias reunidas na intimidade
do lar. Uma a uma, vão-se retratando, na linguagem simples de um colóquio
entre amigos, algumas das principais virtudes que se encontram na base
do relacionamento. São verdades simples e exigentes como todas as do
Evangelho, e, como as do Evangelho, acessíveis e eficazes para quem
se disponha a ter ouvidos para ouvir. Não seria um elemento de coesão
e de paz que todos os que vivem debaixo do mesmo teto se esforçassem
por ser corteses e agradecidos, bem-humorados e benevolentes, sinceros
e pacientes, pontuais e perseverantes? Estas “pequenas” virtudes são
grandes virtudes. Elas bastam para converter a vida diária de uma família
em algo atraente e amável, que realiza os pais e encaminha os filhos.
Pode-se conseguir esse ambiente? As presentes reflexões mostram que
sim. “Mas isso seria o paraíso na terra! – Não há dúvida de que sim,
e desejo de todo o coração que se faça a experiência”, convida o Autor.
A vida de família compõe-se de evento sem história, mas é com eles –
quando entrançados nessas “pequenas virtudes” – que se faz a História.
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