Portal da Família
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“Te Amo até a Lua” - Novo livro tem como foco a adoção de crianças no Brasil Existem no Brasil 6.593 crianças e adolescentes disponíveis para adoção e 35.864 pretendentes a elas. Também existe o mito de que a responsabilidade pela demora na conclusão das adoções é desses pretendentes, que, em sua maioria, querem bebês do sexo feminino e da cor branca. Um estudo feito pela jornalista Ana Davini durante os últimos cinco anos e que resultou no livro “Te amo até a lua”, lançado em junho/2016, indica que este mito é falso. Dados atuais apontam que 62% dos interessados são indiferentes ao sexo do futuro filho e 42% aceitam crianças de todas as raças. Se considerarmos somente as de cor parda, a principal entre as crianças em abrigos (48% do total), o número de interessados sobe para 75%. O gargalo também não é idade. Há apenas centenas de crianças de cada idade até 7 anos para milhares de pretendentes. A situação complica um pouco para crianças entre 8 e 10 anos, e só fica terrível para aquelas a partir dos 11 anos, quando existem 3.954 para apenas 485 candidatos a pais. Nem mesmo doenças graves, físicas ou mentais, acabam com as chances de adoção. Há 1.697 crianças nesta condição e 14.156 pretendentes dispostos a enfrentar o problema. Diante deste cenário, o livro tenta explicar as razões para a morosidade dos processos de adoção e para tantas crianças crescerem em abrigos, muitas delas sem jamais ter uma família. Outro fato desconhecido pela maioria das pessoas: Como o Cadastro de Adoção é Nacional, seu futuro filho pode vir de qualquer cidade, correto? Não. Na prática, sua ficha permanece por tempo indeterminado no fórum onde o processo começou e dificilmente você será procurado por outro, ainda que da mesma cidade. O livro também aborda temas como procedimentos de reprodução humana, endometriose, crack, adoção ilegal, barriga de aluguel e tráfico de bebês. Para completar, inova ao fazer uma investigação sobre a adoção internacional de crianças estrangeiras por pretendentes brasileiros. Tudo o que se sabia até então era sobre o contrário, a adoção de crianças brasileiras por pretendentes estrangeiros. O último capítulo mostra a saga da autora e de seu marido até a chegada da filha, na época com 1 ano e 1 mês de vida, após aproximadamente oito anos de tentativas, esperanças e frustrações, o que os tornou quase experts no assunto “paternidade alternativa”. Facebook: https://www.facebook.com/teamoatealua/ |
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Publicado no Portal da Família em 23/06/2016 |
www.portaldafamilia.org
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