Bebês de proveta correm mais risco de nascer com complicações de saúde do que os gerados naturalmente |
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Extraído de reportagem (O tubo não é
tudo) da revista VEJA Edição 1 752 - 22 de maio de 2002 Um estudo publicado recentemente na revista científica The New England Journal of Medicine revela que crianças concebidas em laboratório pelas técnicas mais modernas de reprodução assistida têm mais do que o dobro de probabilidade de nascer com alguma complicação de saúde do que os bebês concebidos naturalmente. Realizado por pesquisadores ingleses e australianos, o trabalho acompanhou mais de 1.000 bebês, nascidos entre 1993 e 1997. Ao longo do primeiro ano de vida, quase 10% deles apresentaram problemas cardíacos, distúrbios neuromusculares e até paralisia cerebral. A pesquisa não representa uma condenação dos métodos de concepção artificial, mas deve servir de alerta. "Apesar dos progressos da medicina reprodutiva, é preciso avisar os casais que recorrem a ela sobre os riscos embutidos nas terapias", diz o urologista Jorge Hallak, diretor de andrologia da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Por incrível que pareça, na maioria dos casos os especialistas não fazem isso. Os bebês estudados foram gerados pela fertilização in vitro, a FIV, e pela técnica conhecida por ICSI. Os especialistas acreditam que a "mãozinha" dada pela FIV e pela ICSI, ao provocar a fecundação, pode explicar grande parte das doenças dos recém-nascidos. Muitas vezes a medicina junta duas células que, no que dependesse da natureza, dificilmente se associariam. Os principais riscos Os bebês gerados pela fertilização in vitro e pela técnica conhecida por ICSI têm mais do que o dobro de probabilidade de nascer com alguma complicação de saúde Entre os principais problemas estão: Fonte: The New England Journal of Medicine |
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