Amamentação faz adultos mais inteligentes, diz pesquisa

Fonte - Agência Estado - 04 de novembro de 2002


Rio de Janeiro - A amamentação faz com que as crianças se tornem adultos mais inteligentes. Este é o resultado de pesquisa realizada na Dinamarca com dois grupos distintos: 973 homens e mulheres nascidos em Copenhague com idade média de 27 anos e 2.280 homens com média de idade de 18 anos.

A pesquisa foi um dos argumentos apresentados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nesta segunda-feira, dia em que foi lançada a campanha brasileira para a Semana Mundial da Amamentação, que vai até 10 de novembro.

QI é maior entre os que mamam

No primeiro grupo pesquisado, verificou-se que o coeficiente de inteligência (QI), segundo a escala Wechler de Inteligência Adulta (WAIS), em geral, era mais alto nos adultos que haviam sido amamentados por mais tempo. Enquanto a média de QI foi de 99,4 para os que mamaram por no máximo um mês, entre os que receberam leite materno por mais de nove meses o índice saltou para 104.

No segundo grupo, que teve o desempenho intelectual medido por outra escala, a Borge Priens Prove (BPV), o resultado foi semelhante. O aleitamento materno é importante também na prevenção de doenças, já que proporciona os anticorpos necessários para o ambiente que a criança vai enfrentar.

Leite materno reduz mortes

A estimativa é de que o leite materno poderia reduzir em 50% as mortes por doenças respiratórias e em 66% as que ocorrem por diarréia no mundo. A recomendação dos médicos é de que os bebês mamem pelo menos até os dois anos de idade. Até os seis meses, devem receber exclusivamente o leite materno.

A média brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 2000, é de 23,4 dias de aleitamento unicamente materno. Presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SBP, a médica Elsa Giugliani, contesta a idéia de que o leite da mãe por si só não seja capaz de suprir as necessidades das crianças.

Anticorpos

"Estudos mostram o valor insubstituível do leite materno. Cada mulher produz anticorpos específicos para seu bebê. Se o bebê é prematuro, o leite é diferente. Se é recém-nascido, também. O leite se adapta às necessidades do bebê."

A exemplo do que já fizeram Luiza Brunet, Glória Pires e Isabel Fillardis, neste ano a atriz Cláudia Rodrigues, a Ofélia do programa Zorra Total, posou com a filha Iza, de 6 meses, para cartazes que serão espalhados por hospitais de todo o País.

A madrinha da campanha teve dificuldades para amamentar por causa de uma cirurgia para redução da mama. "Tive problemas, mas não parei de insistir. É um dever, a mãe tem que amamentar mesmo. Tem que botar o seio na reta. Não cai, não prejudica pelo contrário", afirmou, ao lado do marido, Brent Hieatt, no lançamento da campanha.

Rodrigo Morais

 





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