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São Paulo ganha primeiro telecentro para portadores de deficiência |
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SÃO PAULO - 10/12/2002 - Uma inclusão
dupla. Esse é o objetivo do 1º Telecentro com Acessibilidade
Total para Portadores de Deficiência, que será inaugurado
nesta quarta-feira em São Paulo. A iniciativa pretende, além
de combater a exclusão digital, integrar pessoas portadoras e não-portadoras
de deficiência, combatendo também a exclusão social.
"É uma inclusão dupla. Social para os portadores de deficiência e digital para os carentes", diz Maria Regina Cazzaniga Maciel, presidente do Instituto Efort, um dos realizadores do projeto. Fruto de uma parceria entre o Instituto Efort e a Prefeitura de São Paulo - com a colaboração da Unicef, Furnas e Linux - o telecentro deve atender 1300 pessoas por mês, ministrando diversos cursos na área de informática, sempre gratuitamente. As inscrições para os cursos serão feitas em ordem de chegada, a partir de amanhã. Segundo Maria Regina, além de contar com monitores especializados, o centro terá instalações adaptadas, softwares especiais e acessórios como lupas que aumentam a fonte em vinte vezes, teclados em braile, extensores de mão e teclados para portadores de paralisia cerebral. Esse é o 20º telecentro da cidade de São Paulo, mas o primeiro com acessibilidade total para portadores de deficiência. Além disso, o centro também inova pela opção por um sistema operacional de software livre, o GNU/Linux. A alternativa torna o acesso à informática economicamente mais viável e é mais flexível à elaboração de programas específicos para portadores de deficiência. Segundo o coordenador do projeto e responsável pelo Governo Eletrônico da Prefeitura de São Paulo, Sérgio Amadeu, apesar de todos os telecentros da prefeituras adotarem o Linux, essa é a primeira iniciativa para deficientes a adotar o sistema no Brasil. Para Amadeu, o software livre é importante porque reduz custos - já que não paga royalties - e é desenvolvido de maneira coletiva. "Para um país que ano passado gastou US$ 1.022 bi de royalties para software, é vital poder desenvolver programas que não reduzam a evolução", diz. "Queremos mostrar que o software livre pode ser usado amplamente para as várias necessidades das pessoas". Ele afirma que o projeto é adaptar os demais telecentros da prefeitura para que também tenham acessibilidade total. "Vamos aos poucos tentando as soluções mais baratas possíveis e procurando parceiros". Serviço: 1º Telecentro com Acessibilidade Total para Portadores
de Deficiência Fonte: Jornal Ultimo Segundo - 10/12/2002 |
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