Portal da Família
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UNICEF
esqueceu seu objetivo primordial: a proteção das crianças. |
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NOVA YORK, 11 de dezembro de 2003 (ZENIT.org). O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) esqueceu a proteção das crianças antepondo a promoção do aborto, da contracepção e de programas orientados para diminuir o papel da família, segundo denuncia um informe publicado pelo «Catholic Family and Human Rights Institute» (www.c-fam.org). Por isso, no informe publicado por C-FAM sob o título «UNICEF: As mulheres ou as crianças primeiro?» se pede a reforma da agência da ONU a fim de restabelecer seu objetivo originário, isto é, a proteção da infância. Em outras ocasiões, o UNICEF se defendeu da acusação de promover o aborto afirmando que nunca tomou posições neste tema. Contudo, o informe do instituto americano - cujo objetivo é controlar o que ocorre na ONU - demonstra o contrário remetendo-se principalmente aos documentos e campanhas nas quais o UNICEF participa. Como exemplo cita as «linhas guia internacionais da ONU sobre Aids e direitos humanos» (1998) - em cuja redação participou também o representante do UNICEF -, que solicitam aos Estados a aprovação de leis que «assegurem os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, incluindo o direito ao acesso a todos os meios de contracepção, compreendendo o aborto seguro e legal». Entrevistado por ZENIT, o jornalista Riccardo Cascioli, autor do livro «O complô demográfico», explica que a implicação do Fundo da ONU para a infância nestas campanhas se remonta a 1987, «quando UNICEF - junto a outras agências da ONU - deu vida à Iniciativa para a Maternidade Segura (Smi), entre cujas prioridades está precisamente a disponibilidade para todas as mulheres do aborto seguro». O informe do C-FAM cita desta forma o «Manual Inter-Agências sobre Saúde Reprodutiva nos Campos de Refugiados» (1995) que sustenta a necessidade de distribuir a «pílula do dia seguinte» (um abortivo que as agências da ONU denominam «contracepção de emergência) entre refugiados e desabrigados. Precisamente a implicação do UNICEF neste programa está entre os motivos que impulsionaram a Santa Sé em 1996 a retirar, em sinal de protesto, sua contribuição simbólica à agência da ONU. Desta forma, o UNICEF - documenta o informe - financia os programas de organizações não-governamentais como «Population Council», «International Planned Parenthood Federation» e «Marie Stopes International», conhecidas por seu trabalho de promoção do aborto e de objetivos do feminismo radical. Isto implica a distribuição de contraceptivos e a disponibilidade de «serviços» - como aborto - também para adolescentes (freqüentemente dentro de programas de luta contra a Aids), sob a perspectiva de uma «completa autonomia sexual dos adolescentes» evitando os progenitores - segundo critérios da ONU, a adolescência começa na idade de 11 anos-. «Esta tendência do UNICEF - declara Cascioli - inicia em 1995, com a chegada à direção da agência de Carol Bellamy, uma partidária do aborto, nomeada pelo então presidente americano Bill Clinton. «Com Bellamy, o UNICEF mudou gradualmente as prioridades de intervenção deslocando-as das crianças às mulheres», afirma Cascioli. O informe de C-FAM pede, portanto, uma reforma do UNICEF que o devolva a suas origens e adverte aos doadores - indivíduos e governos - que vigiem o modo em que são empregadas suas contribuições. Em particular, convida-se os países doadores
- Estados Unidos, União Européia e Japão, especialmente
- a investigar seriamente as acusações contidas no informe
- que inclui denúncias de administração improcedente
-, como também a destituir da cúpula da agência os
responsáveis de ter danificado gravemente sua reputação.
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