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Fetos choram quando aborrecidos, diz pesquisa |
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Descoberta foi feita ao se usar imagens de ultra-som para documentar as reações dos fetos a pequenos barulhos
São Paulo - Fetos parecem chorar quando ficam aborrecidos, de acordo com uma pesquisa que poderia ser uma reviravolta em suposições antigas sobre o comportamento dos bebês no ventre. Pesquisadores fizeram a inesperada descoberta ao usarem imagens de ultra-som para documentar as reações dos fetos a pequenos barulhos. Eles notaram que alguns fetos de apenas 28 semanas responderam com uma série de intensas inalações e exalações, uma abertura da boca e um enrijecimento da língua e uma depressão do peito. Essa atividade tipicamente acabava depois de 20 segundos com uma exalação e um rebaixamento, geralmente seguido por alguns movimentos de boca e uma engolida. "Você pode até ver o queixo e o lábio superior tremerem", disse Ed Mitchell, da Universidade de Auckland na Nova Zelândia, que, com dois colegas, descreveu suas observações na edição de setembro da Archives of Disease in Childhood: Fetal and Neonatal Edition (Arquivos de Doença na Infância: Edição Fetal e Neonatal, em tradução livre). "Eu não acredito que isso seja qualquer coisa a não ser choro".
Experimentar a dor Fetos não respiram ar, mas inalam e exalam fluido amniótico. Bebês nascidos prematuramente, por exemplo com 25 semanas de gestação, podem chorar imediatamente após o nascimento, indicando que a capacidade física está presente. Mitchell disse não ter certeza sobre o que a descoberta diz sobre a capacidade de um feto de 28 semanas de interpretar conscientemente a dor - um tema que tem ganhado recentemente atenção com esforços para que seja dada anestesia a fetos durante o procedimento de aborto. É largamente aceito que as conexões cerebrais necessárias para experimentar a dor já existem na 30º semana de gestação e, talvez, na 25º semana ou antes, disse Mitchell. Se os fetos choram, ele acrescenta, o choro é silencioso - não há ar para passar pelas cordas vocais em desenvolvimento. NYT |
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Fonte: O Estado de São Paulo - 19 de setembro de 2005 http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2005/set/19/95.htm |
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