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Governo imita outros países e desperdiça milhões em distribuição de preservativos nas escolas

Em breve os pais brasileiros poderão ter a surpresa de encontrar estoques de preservativos masculinos junto ao material escolar de suas filhas e filhos, sem terem sido consultados sobre o assunto.

Ignorando os resultados negativos de experiências semelhantes realizadas na Inglaterra, França e Estados Unidos, os ministérios da Educação e da Saúde iniciam um projeto de distribuição de preservativos nas Escolas Públicas - para alunos entre 15 e 19 anos. O objetivo, segundo os idealizadores do projeto, seria o de diminuir os casos de gravidez entre menores de 18 anos e combater as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) inclusive a AIDs.

O projeto começa em Curitiba, Rio Branco, São José do Rio Preto e São Paulo. A previsão é de que até julho de 2004, 105 mil alunos da rede pública recebam 8 preservativos por mês, chegando a 2,5 milhões de alunos atingidos até 2006. Em 3 anos, estarão sendo oferecidas 235 milhões de unidades anualmente, a um custo de US$ 7 milhões. Estima-se em quase 9 milhões o número de alunos entre 15 e 19 anos.

Países que tentaram estratégias semelhantes tiveram resultados desastrosos e opostos aos esperados. Segundo informações do British Medical Journal , na Inglaterra os casos de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis aumentaram significativamente nos últimos anos entre adolescentes de 16 a 17 anos, período em que se facilitou em grande medida aos jovens o acesso e informação sobre os métodos de contracepção.

Segundo a Dra. Mannoun Chimelli, pedagoga em orientação educacional e habilitada em Orientação Familiar e que trabalha com Medicina do Adolescente no Hospital Getúlio Vargas Filho em Niterói, "o projeto não leva em conta as capacidades e características dos Adolescentes, que gostam de ser exigidos, e sabem - desde que lhes seja facultado - escolher o melhor para si e para os demais. Preservativos são a negação de valores maiores." E conclui: "Os Adolescentes brasileiros necessitam de Professores, Alimentação, Lazer, Esportes, Família, e não é justo que lhes seja imposto um caminho de negação da verdadeira e saudável sexualidade, fruto do respeito ao próprio corpo e ao corpo do outro."

Apesar do estímulo ao uso de preservativos entre adolescentes e de grandes campanhas para divulgar a pílula abortiva do dia seguinte, cuja utilização cresceu vertiginosamente, no Reino Unido aumentou o número de abortos cirúrgicos e casos de curetagem por aborto nos últimos 3 anos. Durante o ano 2000, 185 mil crianças não-nascidas foram assassinadas por métodos cirúrgicos.

Parece contraditório, mas as estatísticas indicam que quanto mais preservativos distribuídos, maior o número de gravidez. "Na prática isso só incentiva as relações entre os jovens. Informação sem integração num sistema de valores não é educação. É o tipo de prática escolar que não quero para meus filhos, nem é justo que o imposto que eu pago seja usado dessa forma.", declarou um pai entrevistado sobre o assunto.

Nos EUA é freqüente encontrar artigos nos meios médicos animando os profissionais da saúde a recomendar a abstinência sexual aos adolescentes e informando-os acerca de como se pode viver a abstinência. Em vários programas americanos de educação sexual que orientam a esperar pelo casamento, ou seja, atrasar as relações sexuais, conseguiu-se diminuir notavelmente os casos de gravidez entre adolescentes.

Com grande experiência no assunto, a Dra. Mannoun diz que os jovens "nos procuram ansiosos por aprender a dizer não, e nas escolas ver-se-ão induzidos a exercer atividade sexual prematuramente, por adultos que apelam ( exploram ? ) - aos impulsos hormonais nascentes. Tal atitude dirigida a seres humanos que estão se abrindo à vida, sem que lhes sejam oferecidas todas as opções existentes, é no mínimo, atentar à dignidade e aos direitos humanos."

Estudo do Departamento de Saúde de Londres mostra que as adolescentes que iniciam as suas relações sexuais antes dos 16 anos têm três vezes mais possibilidades de ficarem grávidas do que as que esperam mais tempo. Por isso afirma-se que a atividade sexual está muito distante de ser apropriada para adolescentes.

 

Notícia do Portal da Família - 02/setembro/2003 - www.portaldafamilia.org


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